terça-feira, 18 de outubro de 2011

Embrapa, UnB e Fiocruz se unem para desenvolver kit de diagnóstico de dengue, a partir de alface transgênico.

Uma pesquisa em parceria entre a Universidade de Brasília – UnB, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Fiocruz pretende utilizar plantas transgênicas de alface para diagnosticar o vírus da dengue. A ideia é produzir um kit de diagnóstico mais econômico e eficiente para agilizar a detecção da doença pela rede pública de saúde no Brasil. Hoje, no mundo, já se sabe que a biotecnologia pode ser uma forte aliada da saúde humana e que os kits de diagnósticos à base de plantas representam cerca de um décimo do valor dos convencionais.

O processo de transformação genética das plantas está sendo conduzido na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, sob a supervisão do pesquisador Francisco Aragão e consiste na introdução de uma parte do gene do vírus da dengue em DNA do cloroplasto de alfaces. As plantas são, então, colocadas em um meio de cultura com antibiótico que garantirá que apenas as células que receberem o gene do vírus sobrevivam. Por fim, as plantas são transferidas para um tubo para regeneração.

Esse processo leva cerca de quatro meses e as alfaces geneticamente modificadas são mantidas em casas de vegetação seguras e específicas para esses organismos na Unidade da Embrapa.

O kit terá um reagente produzido com a planta transgênica de alface na qual foi injetada o gene do vírus da dengue. O alface transgênico produzirá uma partícula viral defeituosa que será aproveitada em reagente, a ser misturado ao sangue coletado. Conforme a reação, o medicamento indicará se o paciente está com os anticorpos do vírus da dengue.

Fonte: Embrapa

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